Natureza

Natureza
A natureza é a a maior misericórdia que Deus teve do homem ao cria-la.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Carlos Drumond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade

 

Falando de Carlos Drummond

 

Carlos Drummond de Andrade de Andrade nasceu em Minas Gerais na cidade de Itabira em 31 de outubro de 1902. Em uma família de fazendeiros decadentes local cujo veio a criar parte de suas obras e posteriormente foi para Belo Horizonte e Nova Friburgo estudar, com os jesuítas do Colégio Anchieta e formou em farmácia com Emílio Moura e outros companheiros fundou “ A Revista” para divulgar o modernismo no Brasil. Durante a maior parte de sua vida foi funcionário publico ele teve uma única filha Mª Antonieta Drummond de Andrade  e começou a escrever cedo e fez varias o  obras Além de poesia, criou livros infantis, contos e cronicas  e escreveu até o seu falecimento em 17 de agosto 1987 no Rio de Janeiro.

Drummond e o Modernismo Brasileiro

 

 

Com os modernista proclama a liberdade das palavras Libertação do idioma e autoriza a modelação da poesia á margem das convenções atuais, com a instituição do verso livre ou seja libertação do ritmo. Se dividirmos o Modernismo numa corrente mais lírica e subjetiva e outra mais objetiva e concreta, Drummond faria parte da segunda, ao lado do próprio Mário de Andrade.

 

 



 

Estatua dos dois poetas na cidade de Porto Alegre assentado Mário Quintana e em pé Carlos Drummond de Andrade.

Carlos Drummond não foi só o primeiro  grande poeta a se firmar no modernismo mas deixa ao outros poetas a herança da liberdade Linguística o verso e metro livre as temáticas cotidianas

Como Fernando Pessoa ou Jorge Lima,”sua obra alcança um coeficiente de solidão que despende o próprio solo da história levando o leitor a uma atitude livre de referências, ou de marcas ideológicas, ou prospectivas", afirma ”. Afirma Alfredo Bosi. Em  1980 a poesia erotica ganha espaço nos livros se Drummond.

 

Temas típicos da poesia de Drummond

 

O indivíduo: "um eu todo retorcido". O eu lírico na poesia de Drummond é complicado, torturado, estilhaçado. Vale ressaltar que o próprio autor já se definia no primeiro poema de seu primeiro livro (Alguma Poesia).

A Terra Natal: a relação com o lugar de origem, que o indivíduo deixa para se formar.

A família:O indivíduo interroga, sem alegria e sem sentimentalismo, a estranha realidade familiar, a família que existe nele próprio.

Os Amigos: "cantar de amigos" (título que parafraseia com as Cantigas de Amigo). Homenagens a figuras que o poeta admira, próximas ou distantes, de Mário de Andrade a Manuel Bandeira ,   Machado de Assis a Charles Chaplim.

O Choque Social. O espaço social onde se expressa o indivíduo e as suas limitações face aos outros. 

O Amor: Nada romântico ou sentimental, o amor em Drummond é uma amarga forma de conhecimento dos outros e de si próprio

A Poesia: O fazer poético aparece como reflexão ao longo da sua poesia.

Exercícios lúdicos, ou poemas-piada. Jogos com palavras, por vezes de aparente inocente.

A Existência: a questão de estar-no-mundo.

 

Destaca-se algumas de suas obras:

Poesias

·       Alguma poesia (1930)

·       Brejo das almas (1934)

·       Sentimento do mundo (1940),

·       em José (1942)

·       A rosa do povo (1945).

Antologia poética

A última pedra no meu caminho (1950)

  • 50 poemas escolhidos pelo autor (1956)

·    Antologia Poética (1962)

·    Antologia Poética (1965)

·    Seleta em Prosa e Verso (1971)

  • Amor, Amores (1975 )
  • Carmina drummondiana (1982) 
  • Boitempo I e Boitempo II  (1987)
  • Minha morte (1987).

 

Infantis

·     O Elefante (1983)

  • História de dois amores (1985)
  • O pintinho (198 8)

 

Prosa

·       Confissões de Minas

  • Contos de Aprendiz (1951)
  • Passeios na Ilha (1952)
  • Fala, amendoeira (1957)
  • A bolsa & a vida (1962)
  • Cadeira de balanço (1966)
  • Caminhos de João Brandão (1970) 
  • O poder ultrajovem e mais 79 textos em prosa e verso (1972)
  • De notícias & não-notícias faz-se a crônica (1974) 
  • Os dias lindos (1977)
  • 70 historinhas (1978)
  • Contos plausíveis (1981)
  • Boca de luar ( 1984)
  • O observador no escritório (1985)

 

Poema de sete faces


Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.


As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.


O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.


O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos , raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.


Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.


Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo,
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.


Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

 


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